A invenção da infância

Assista...

Ser criança não significa ter infância. Uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo.

Um comentário:

  1. Atualmente é impossível descrever a compreensão que temos da criança e de seu papel na sociedade contemporânea. Por incrível que pareça ainda temos, em diversos locais do mundo, crianças que vivem da mesma forma idealizada antes da invenção da infância.
    Temos as crianças que de tão atarefadas (escola, ballet, natação, ginástica, inglês) não têm tempo para brincar, temos as crianças cibernéticas que vivem isoladas em seus computadores, temos as crianças que já nascem em escolas (berçários) se encaminhando para a vida adulta e felizmente, ainda temos as crianças que se permitem e são permitidas a sonhar, brincar de faz-de-conta, pega-pega, esconde-esconde, etc.
    Em meio a essa nossa sociedade dos paradoxos e a um mundo descentrado de seus valores, encontramos vários tipos de infância, algumas bem distantes das idealizadas por seus inventores. Enquanto temos as crianças da fartura, com as fossas entupidas de comida, temos àquelas que existem e até parecem imaginação, como é o caso das crianças miseráveis do Haiti, que só tomam água quando o elefante urina e as da Etiópia que enquanto tentam chegar aos campos de refugio, são perseguidas por urubus que as esperam de fome morrer para devorá-las.
    A partir disso não temos mais como categorizar a infância em um único modelo, mas devemos permitir o sonho e uma "educação não-fascista" (DELEUZE) para nossas crianças.

    ResponderExcluir